O Instituto das Servas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante, é uma comunidade de pessoas que optaram por viver juntas, para continuar na Igreja a obra de salvação, para testemunhar pela união fraterna o Evangelho a todos os homens e sua fé na ressurreição futura . A reparação e o serviço aos mais pobres esprimem a finalidade e o carisma específico do Instituto.

26 de ago. de 2010

(Saudação de irmã Rosa durante o Congresso Eucarístico de 11 de Setembro de 1979, transcrito fielmente da registração)
Irmã Rosa Mariani
Serva do Sagrado Coração de Jesus Agonizante
...Eu não sei o que dizer, depois de todas essas coisas que senti, são todas as coisas que pensava de dizer e não quero repetir, porque já é muito tarde.
Porém uma coisa só: nós vamos lá...
Eis, respondo a tantos porquês que senti nesses dias: “Porque você vai lá? Não tem missão também aqui? O que você vai fazer lá”?
Depois de dias de oração e de sofrimento conseguimos entender que é necessário ir, porque aqui em Bagnara, aqui na Itália já tem tantas pessoas que falam... falam de Jesus que vos ajudam...
E existem tantos lugares no Brasil e também na África onde eu estava antes que sofrem e não sentem este fraterno amor, esta pureza, estas pessoas que...que estão juntos deles.
Agora, porque iremos lá, mesmo sendo necessário também aqui?
Iremos para estar junto dessas pessoas, para viver com eles o sofrimento deles, para passar os nossos dias junto deles, para dar a nossa vida e, se acontecer também à morte...
E vocês também podem ajudar!
Vocês todos são missionários, nós todos somos missionários.
As mães... quantas mães percebi no seu sofrimento, na suas doenças, nas incompreensões, com marido, com as crianças que dão trabalho, todas essas mães são missionárias.
Quantos idosos são sofredores em uma cama. Saber sofrer, saber oferecer o sofrimento deles por nós e todas as pessoas que sofrem...
Todos devemos dar a nossa contribuição com Jesus na cruz, de uma maneira, ou de outra, por isso que agora nós vamos para o Brasil.
Eu represento Bagnara, eu represento toda minha comunidade e agradeço ao Senhor, que me concedeu essa graça.
Eu nestes anos era missionária aqui em Bagnara, aquele pouco que eu podia dar eu dei com prazer.
O Senhor, mais que muita cultura e capacidade quer o nosso coração, quer a nossa vida.
Eu disse sim uma vez e sou muito contente de dar a minha pequena contribuição para este mundo tão sofrido.
Nós não temos idéia daquilo que eles sofrem, e no Brasil e em tantas outras partes do mundo tantas pessoas sofrem...
Nestes dias escutamos tantas histórias de missionários que por defender os mais pobres, por ser voz daqueles que não tem voz são presos, torturados e terminam as suas vidas por amor a esta gente que não é conhecida, que não é considerada pessoa.
Não são mais conhecidos, porém o Senhor as ama, suas vidas foram consumidas para aqueles mais pobres, por aqueles que estão mais longe, por aqueles mais abandonados.
Eu gostaria de dizer muitas coisas, mas como aquele que dizia na escritura: “Não sei falar”, porém, saibam que toda Bagnara esta em mim!
Vou lá e buscarei de fazer aquilo que posso me empenhar, terei comigo sempre esse pensamento: “Todos vocês estão aqui dentro do meu coração”.
Bagnara 08/04/1980 Itália

19 de ago. de 2010

A Vida Consagrada é sobretudo um sinal...

Quando a Igreja fala de Vida Consagrada, está falando de uma vocação, que tem várias modalidades de vida dentro da Igreja. Seguem essa vocação os Monges e Monjas, os Religiosos e Religiosas, das Ordens, Congregações e Institutos Religiosos. Além desses, existem os membros dos Institutos Seculares, bem como os consagrados e as consagradas de assim chamadas “Novas Comunidades”, muitas das quais nasceram dentro de Movimentos eclesiais relativamente recentes ou formam seu núcleo central. Há também a Ordem das Virgens consagradas, restaurada por Paulo 6º a partir do Concílio Vaticano 2º, cujos membros não constituem comunidade de vida, mas vivem no mundo, tendo consagrado sua virgindade a Cristo para o testemunho e o serviço na sua respectiva diocese.

Neste Mês Vocacional, divulguemos também esta vocação de Vida Consagrada e rezemos por ela, porque constitui um grande tesouro na Igreja e é uma excepcional força e serviço nas atividades da pastoral direta nas dioceses e paróquias, como também no setor de escolas, colégios e universidades, no setor dos hospitais e demais serviços de saúde, no setor de obras assistenciais, só para citar os mais conhecidos.

Cada forma de Vida Consagrada tem um carisma próprio, ou seja, seus fundadores decidiram – e depois a Igreja os aprovou – viver um ou mais aspectos do Evangelho de Jesus Cristo numa forma radical e ampla e ainda professar os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade como algo próprio e comum de todas as formas de Vida Consagrada. Assim, os fundadores lhes deram normalmente uma Regra de Vida e Constituições ou apenas Constituições, que lhes dão organização e normas de vida.

O Concílio Vaticano 2º, ao tratar da Vida Consagrada, diz: “O estado (de vida Consagrada) constituído pelos conselhos evangélicos, embora não pertença à estrutura hierárquica da Igreja, está contudo firmemente relacionado com sua vida e santidade” (LG, 44). “Os conselhos evangélicos da castidade consagrada a Deus, da pobreza e da obediência se baseiam nas palavras e nos exemplos do Senhor. São recomendados pelos Apóstolos, Santos e Padres e pelos mestres e pastores da Igreja. Constituem um dom divino que a Igreja recebeu do seu Senhor e por graça dele sempre conserva. A própria autoridade da Igreja, guiada pelo Espírito Santo, cuidou de interpretar os conselhos evangélicos, regulamentar-lhes a prática e estabelecer formas estáveis de vida” (LG 43).

A Vida Consagrada é sobretudo um sinal. Diz o Concílio: “A profissão dos conselhos evangélicos se apresenta como um sinal que pode e deve atrair eficazmente todos os membros da Igreja para o cumprimento dedicado dos deveres impostos pela vocação cristã. Como, porém, o Povo de Deus não possui aqui (no mundo) morada permanente, mas busca a futura, o estado religioso (de Vida Consagrada), pelo fato de deixar seus membros mais desimpedidos dos cuidados terrenos, ora manifesta já aqui neste mundo a todos os fiéis a presença dos bens celestes, ora dá testemunho da nova e eterna vida conquistada pela redenção de Cristo, ora prenuncia a ressurreição futura e a glória do Reino celeste” (LG 44). Assim, a Vida Consagrada é sinal das coisas de Deus, da nossa ressurreição futura e da glória do Reino celeste, pois faz destas realidades sua vida já aqui no mundo.

João Paulo 2º diz: “A primeira tarefa da Vida Consagrada é tornar visíveis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mas do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas com a linguagem eloqüente de uma existência transfigurada, capaz de suscitar a admiração do mundo. A essa admiração dos homens respondem com o anúncio dos prodígios da graça que o Senhor realiza naqueles que ama” (VC, 20). “Deste modo, a Vida Consagrada torna-se um dos rastos concretos que a Trindade deixa na história, para que os homens possam sentir o encanto e a saudade da beleza divina”, diz o Papa (VC,20). Exemplos de pessoas consagradas são os brasileiros: Santa Paulina, Beato Frei Galvão e Beato José de Anchieta.

A Vida Consagrada torna seus membros testemunhas de Cristo no mundo, sobretudo pela prática da caridade, da solidariedade com os pobres e os excluídos e pela missionariedade. “Há que afirmar que a missionariedade está inscrita no coração mesmo de toda forma de Vida Consagrada”, afirma o Papa (VC, 25).

Então, que o Mês Vocacional seja uma oportunidade feliz para fazer conhecer e amar esta vocação tão preciosa da Vida Consagrada!

Dom Cláudio Cardeal Hummes

Arcebispo de São Paulo

3 de ago. de 2010

Oferecimento do dia

Oferecimento do dia

Coração Divino de Jesus, eu te ofereço por meio do Coração Imaculado de Maria, Mãe da Igreja, em união com o sacrifício Eucarístico, as orações e as ações, as alegrias e os sacrifícios deste dia, em reparação dos pecados e pela salvação de todos os homens, na graça do Espírito Santo, na glória do Divino Pai.