O Instituto das Servas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante, é uma comunidade de pessoas que optaram por viver juntas, para continuar na Igreja a obra de salvação, para testemunhar pela união fraterna o Evangelho a todos os homens e sua fé na ressurreição futura . A reparação e o serviço aos mais pobres esprimem a finalidade e o carisma específico do Instituto.

29 de nov. de 2010

O mundo precisa de santos!!!!!!

Muitos acontecimentos dolorosos têm se verificado este ano. Quantos questionamentos e suposições as pessoas já fizeram sobre a causa dos fenômenos cósmicos e das convulsões sociais’ Citam-se, entre outras, as agressões à natureza, as injustiças, o esfacelamento da família, o desprezo pelos valores éticos. Poucos se preocupam com um motivo que pesa na origem dos dramas da humanidade a ausência de santos, de gente que busque, na intimidade com Deus, o sentido da própria vida Hoje são muito evidentes as armadilhas do mal, que só perde sua força quando se bate com testemunhos de fé e santidade. Está provado, em toda a vigência da história, que o ser humano não consegue derrotar a violência com a agressividade nem vencer a maldade com o coração fechado à compaixão e ao perdão Atualmente há grande preocupação com a formação intelectual e o preparo físico. As academias funcionam intensamente, e as pessoas estão sempre buscando cursos que lubrifiquem sua inteligência e renovem seus conhecimentos. Mas quantos se empenham em ser mais fiéis à sua vocação à santidade?
Talvez pareça antiquado propor santidade a quem almeja ser campeão em tantos torneios da atualidade. Mas, na verdade, se o cristão não busca viver a vontade de Deus e fazer do seu cotidiano um reflexo da misericórdia e justiça do Pai, é difícil à humanidade encontrar um ponto de apoio que lhe dê segurança em meio às ameaças do momento A sociedade e a Igreja precisam de santos, porque eles são um testemunho dos valores de que o ser humano carece para ser feliz neste mundo e na eternidade.

(Dom Geraldo Majella Agnelo Cardeal Arcebispo de Salvador)

25 de nov. de 2010

O texto a seguir foi usado na assembléia do Instituto das Servas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante,
23-24 de Outubro de 2010 Lugo (Ra Itália )

Hora santa

Jesus á Santa Margarida Maria Alacoque
'' Todas as noites da quinta-feira á sexta-feira, ti farei participar daquela tristeza mortal que desejei provar no horto das oliveiras, tristeza que ti conduzirá sem que possas compreendê-la, a uma espécie de agonia mais difícil de suportar que a morte. E, para me acompanhar na humilde oração que elevei ao meu Pai no meio de todas as minhas angústias, te conduzirei entre as vinte e três e meia noite, para te prostrar uma hora comigo, com a face no chão, para aplacar a Divina cólera, pedindo misericórdia para com os pecadores, para aliviar em qualquer modo a amargura que eu provei no abandono dos meus Apóstolos, que me obrigavam a chamar-lhes a atenção de não terem sabido vigiar uma hora comigo''
Aquela que a mais de cento e cinqüenta anos é chamada de Hora Santa não é qualquer adoração do Corpo de Cristo, mas uma presença do Santíssimo Sacramento, um exercício de oração mental ou de oração vocal que tem como objetivo a Agonia de Nosso Senhor no Horto das oliveiras para pedir misericórdia para com os pecadores e para consolar o Salvador por uma hora...
Nada de domingo sem sexta feira: é o título de um volume muito divulgado que um dos grandes bispos dos nossos dias oferecia aos seus diocesanos perto da quaresma, lembrando a eles o equilíbrio pascal da nossa fé cristã.
De fato, desde o começo, o olhar de Tomé sobre as chagas gloriosas do Ressuscitado alcançam o de João sobre o cordeiro imolado na Páscoa.
Não tem festa dominical se não se nutri profundamente de uma mística da sexta feira.
A tristeza mortal na qual está a Alma de Cristo é a minha consolação.
Esta abre a minha ferida na Sua ferida. Me ajuda a acreditar, quer dizer, que Ele é a minha alegria, aquela alegria perfeita que Ele nos dará e que ninguém poderá nos tirar.
Se Ele não tivesse provado nele mesmo essa tristeza mortal, como poderíamos acreditar na alegria eterna que nos promete? Se não tivesse sido atravessado do sofrimento irremediável e inicial, como poderia crer que Ele foi para nós, (Via, Veritas et Vita) Caminho Verdade e vida?
Dom Ponnau.

Por isso, sendo uma espiritualidade do ''Coração'' quer dizer de interioridade, a espiritualidade do Coração de Jesus convida já há três séculos a Igreja a um tríplice ponto de referência de amor fixado no mesmo Redentor na sexta-feira.

Uma oração semanal: aquela ''hora santa'' de cada sexta-feira.
Uma comunhão mensal: aquela, da primeira sexta-feira do mês.

Uma liturgia anual: aquela da sexta-feira da festa do Sagrado Coração.

10 de nov. de 2010

Irmã Bartolomea De Vito completa 100 anos!!!

Em comemoração aos seus 100 anos ela escreveu esta pequena carta:

No dia 5 de Dezembro de 2010 completo 100 anos!!!
Me parece incrível que já se passaram tantos anos desde o meu nascimento.
Duas vezes fiquei perto da morte, mas não era a hora certa. Com o coração agradecido observo um calendário longo de 100 anos e o encontro cheio de dons da parte do Senhor e desperdício da minha parte.
Falhei tantas vezes, mas o amor pelo Senhor sempre prevaleceu...
O que eu poderia fazer para agradecê-lo?
O Senhor não nos pede sacrifícios e ofertas:
Ele quer amor!
E eu o amo com o mesmo amor que vivia o ideal da Ação católica; também quando errava, confiava no seu perdão e confiava no seu perdão e procurava de estar perto Dele, sempre!
Obrigada, Senhor, por estar me suportando há 100 anos me aproxime de ti cada dia mais...
Agradeço ao Senhor e a minha comunidade por me ter doado uma'' folha'' para escrever sobre a pedra do altar: A partir de hoje Senhor sou tua.
Irmã Bartolomea.

06.01.1936
( data em que ela fez a sua consagração a Deus com os votos de pobreza, castidade e obediência assinando sobre o altar a fórmula própria do Instituto da Servas)

5 de nov. de 2010

"Se você quer Jesus, eu também quero!"



Chiara Badano nasceu em Sassello, cidade dos Apeninos lígures, que pertence à diocese de Acqui, no dia 29 de outubro de 1971, depois que os pais a aguardaram por 11 anos.
O seu nome é Chiara (Clara, em português). Ela é mesmo assim, com seus olhos límpidos e grandes, com o sorriso doce e comunicativo, inteligente e determinado, vivaz, alegre e esportiva, foi educada pela mãe – com as parábolas do Evangelho – a conversar com Jesus e a
lhe dizer «sempre sim».
Era sadia, gostava da natureza e de brincar, mas desde pequena se distinguia pelo amor que tinha pelos «últimos», a quem cobria de atenções e de serviços, muitas vezes renunciando a momentos de divertimento. Já no Jardim de Infância colocava as suas
economias numa pequena caixa para as «crianças de cor»; e sonhava em poder um dia ir à
África como médica para cuidar delas.
Foi uma menina normal, mas com algo mais. Era dócil à graça e ao projeto que Deus
tinha para ela que aos poucos foi se revelando. No dia da sua primeira Comunhão recebeu de
presente o livro dos Evangelhos. Foi para ela um «magnífico livro» e «uma extraordinária
mensagem»; como afirmou: «Para mim, é fácil aprender o alfabeto, deve ser a mesma coisa
viver o Evangelho!».
Aos 9 anos entrou como Gen (geração nova) no Movimento dos Focolares. Viveu a sua
espiritualidade e pouco a pouco envolveu os pais. Desde então a sua vida foi uma subida,
tentando «colocar Deus em primeiro lugar».
Prosseguiu os estudos até o Liceu clássico, e ofereceu a Jesus as suas dificuldades e
sofrimentos. Mas aos 17 anos, de repente uma dor aguda no ombro esquerdo revelou nos
exames e nas inúteis operações um osteossarcoma, que deu início a um calvário de dois anos
aproximadamente. Depois que ouviu diagnóstico, Chiara não chorou nem se revoltou: ficou
imóvel em silêncio e depois de 25 minutos saiu dos seus lábios o sim à vontade de Deus.
Repetirá muitas vezes: «Se é o que você quer, Jesus, é o que eu quero também».
Não perdeu o seu sorriso luminoso; enfrentou tratamentos dolorosos e arrastava no
mesmo Amor quem dela se aproximava. Ela não aceitou receber morfina para não perder a
lucidez e oferecia tudo pela Igreja, pelos jovens, os ateus, pelo Movimento, pelas missões...,
permanecendo serena e forte. Repetia: «Não tenho mais nada, contudo tenho o meu coração e
com ele posso sempre amar».
O seu quarto, no hospital em Turim e em casa, era um lugar de encontro, de
apostolado, de unidade: era a sua igreja. Também os médicos, até mesmo aqueles não
praticantes, ficavam desconsertados com a paz que se sentia ao seu redor e alguns se
reaproximaram de Deus. Se sentiam “atraídos como por um ímã” e ainda hoje se recordam
dela, falam sobre ela e a invocam.
Quando sua mãe lhe perguntou se ela sofria muito, respondeu: «Jesus tira de mim as
manchas dos pontinhos pretos com a água sanitária e isso queima. Quando eu chegar ao
Paraíso serei branca como a neve». Estava convencida do Amor de Deus por ela. De fato,
afirmava: «Deus me ama imensamente» e, depois de uma noite particularmente dura,
acrescentou: «Sofria muito, mas a minha alma cantava…».
Os amigos que a visitavam para consolá-la, voltavam para casa consolados. Pouco
antes de partir para o Céu, ela revelou: «...Vocês não podem imaginar como é agora o meu
relacionamento com Jesus... Sinto que Deus me pede algo mais, algo maior. Talvez seja ficar
neste leito por anos, não sei. Interessa-me unicamente a vontade de Deus, fazê-la bem no
momento presente: aceitar os desafios de Deus. Se agora me perguntassem se quero andar (a
doença chegou a paralisar as pernas com contrações muito dolorosas), eu diria não, porque
assim estou mais perto de Jesus».
Chiara, pela insistência de muitos, num bilhetinho, escreveu a Nossa Senhora:
«Mãezinha Celeste, eu te peço o milagre da minha cura; se isso não for vontade de Deus, peço-te a força para nunca ceder!» e permanecerá fiel a este propósito.
Desde muito jovem fez o propósito de não «doar Jesus aos amigos com as palavras,
mas com o comportamento». Tudo isso nem sempre é fácil; de fato, repetirá algumas vezes:
«Como é duro ir contra a corrente!». E para conseguir superar cada obstáculo, repetia: «É por
ti,Jesus!».
Para viver bem o cristianismo, Chiara procurava participar da missa todos os dias,
quando recebia Jesus que tanto amava. Lia a palavra de Deus e a meditava. Muitas vezes
refletia sobre a frase de Chiara Lubich: “Serei santa, se for santa já”.
Quando viu sua mãe preocupada, pois ficaria sem ela, Chiara continuou a repetir:
«Confie em Deus, pois você fez tudo»; e «Quando eu tiver morrido, siga Deus e encontrará a
força para ir em frente».
Acolhia com amabilidade quem vai visitá-la; escutava e oferecia o próprio sofrimento,
porque dizia: «Eu tenho mesmo a matéria!». Nos últimos encontros com o seu Bispo,
manifestou um grande amor pela Igreja. Enquanto isso o mal avançava e as dores
aumentavam. Nenhum lamento; dos lábios: «Com você, Jesus, por você, Jesus!».
Chiara se preparou para o encontro: «É o Esposo que vem me encontrar», e escolhe o
vestido de noiva, as canções e as orações para a “sua” Missa; o rito deverá ser uma «festa»,
onde «ninguém deverá chorar».
Recebendo pela última vez Jesus Eucaristia aparece imersa nele e suplica que seja
recitada a «oração: Vinde Espírito Santo, mandai do Céu um raio da tua luz».
O nome "LUCE" (LUZ) lhe foi dado por Chiara Lubich, com quem teve um intenso e filial
relacionamento epistolar desde pequenina.
Não teve medo de morrer. Disse à sua mãe: «Não peço mais a Jesus para vir me pegar
e me levar para o Paraíso, porque quero ainda lhe oferecer o meu sofrimento, para dividir com
ele ainda por um pouco a cruz». Um pensamento especial aos jovens: «...Os jovens são o
futuro. Eu não posso mais correr. Porém, gostaria de lhes passar a tocha, como nas
Olimpíadas. Os jovens têm uma vida só e vale a pena empregá-la bem!».
E o «Esposo» veio buscá-la no amanhecer do dia 7 de outubro de 1990, depois de uma
noite muito dolorosa. ERA o dia da Virgem do Rosário. Estas foram suas últimas palavras:
«Mãezinha, seja feliz, porque eu o sou. Adeus». Ela também fez a doação das suas córneas.
O enterro foi celebrado pelo Bispo de então e dele participaram centenas de jovens e
muitos sacerdotes. Os membros do Gen Rosso e do Gen Verde tocaram as canções escolhidas
por ela.
O exemplo luminoso de Chiara atinge muitos corações de jovens e adultos, os move e
os orienta a Deus.
A sua “fama de santidade” se estendeu imediatamente em várias partes do mundo;
muitos os “frutos”. Dom Livio Maritano,Bispo da Diocese de Acqui, no dia 11 de junho de 1999
abriu o Processo pela a Causa de canonização. No dia 3 de julho de 2008 ela foi declarada
Venerável com o reconhecimento do exercício heróico das virtudes teologais e cardeais. No dia
19 de dezembro de 2009 o Papa Bento XVI reconhece o milagre atribuído à intercessão da
Venerável Chiara Badano, e assinou o Decreto para a sua Beatificação.


Chiara, a luz no sofrimento
1971-1990 beatificada em Roma, no santuário do Divino Amor, sábado 25 de setembro de 2010.

1 de nov. de 2010

Mantra ( Jaculatória)
(Pequena oração a ser rezada repetidamente durante o dia,
como oferenda agradável ao Sagrado Coração.)

Coração Divino, que sempre piedoso
Nos guardais e nos assistis
A virtude que a nós pedis
Imprime-nos no coração
No caminho do exílio
Sede sempre nosso guia
Nossa vida, nossa luz,
Nossa esperança e nosso amor.
Soneto..
Queria cantar-te do amor a canção
Jesus, de minh´alma esposo dileto,
Mas sinto, ai! Como é pobre o afeto,
Que nutre por ti este ingrato coração!

Eia! Vibra chama de celeste ardor,
Que a minha mente ilumina e inflama o peito
E torne meu amor assim perfeito
Que somente a ti procure e ame, ó meu Senhor.

Tu és a glória, o júbilo, a esperança
O refúgio, o conforto e a candura,
Do meu pobre coração que muito se cansa.

Geme, afundado no lago de amargura
Entre as ondas de naufrágio dança
Se o amor nos guia ao porto da doçura.

(Monsenhor Pe. Marco Morelli, 22 de Setembro de 1902)